domingo, 27 de outubro de 2013

"O pingo de tinta": um ato de ternura para uma professora

Lecionar é acreditar no outro e também ser tentado a duvidar disso, numa antítese da consistência humana. Somos brindados, a cada dia com "muito interesse, pouco interesse", como educadores. No dia 22 de outubro, semana que passou, recebi junto com uma prova respondida, essa carinhosa carta de uma de minhas alunas. 
Muito obrigada pelo singelo gesto! Que o seu futuro seja sempre brilhante como a sua força de vontade, Amanda Pitt!


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

DIARINHO: Especial História em Quadrinhos (ED 147, de 13 a 28 de outubro de 2013)

Elaboramos para o Jornal Infantil Cultural do Sudoeste do Paraná, o Diarinho, uma edição inteira especial sobre HQs

Editorial
Esta edição inteira é um passatempo

Desde os tempos das cavernas, a imagem é uma das formas mais antigas de comunicação, quando os pré-históricos faziam desenhos para representar suas atitudes diárias e, assim manifestavam uma das primeiras formas de arte que se tem notícia. Com a evolução da escrita, o homem passou a se comunicar através de um idioma expresso, e impresso ora em pedras e paredes, ora em papiros, ou hoje, folhas de papel e telas de computador. Nas historinhas que contêm desenho e textos, essa “fala” costuma vir em balõezinhos que sobem dos personagens e indicam a sua ação.
Quem nunca ficou com os olhos vidrados nas formas, cores, traços e atitudes dos personagens de quadrinhos que aprenderam a adorar? São muitos atrativos e por isso alguns podem gostar mais das aventuras, outros dos superpoderes, ou da fantasia e roupa que usam, talvez da forma como ele encara os desafios, dos mistérios para resolver. Por essas e outras é que as HQs não são só para crianças. É um gênero textual que você começa a ler na infância e vai evoluindo em histórias, continuando a ler quando adulto. Muitos até colecionam e têm verdadeiras raridades em casa. Foi assim com o arte-finalista do Diarinho, Lucas Piaceski, que é também ilustrador e cartunista e desenhou o “Super Diarinho”, da nossa capa. Foi Lucas que deu a ideia para esta edição temática em HQ e seu conhecimento foi fundamental para executá-la.
Houve um tempo que você comprava um gibi com uma moeda, hoje uma produção brasileira, como a Turma da Mônica, custa perto de R$ 5,00, mas pense ser uma forma de arte que une imagem, texto e muitas cores, ou seja, vale o trabalho do artista.

Por tudo isso, você pode se perguntar onde está a página 7, de Passatempos, desta edição. A resposta é: o jornal inteiro, nesta edição 147, é um passatempo. O universo das HQs, que dá nome à nossa capa, é muito vasto, por isso a partir deste jornal que você tem em mãos, fica o convite para apenas iniciar o mergulho neste gênero que é muito encantador e pode lhe acompanhar pela vida toda. 








Textos e pesquisa: Daiana Pasquim
Arte-final, ilustrações e pesquisa: Lucas Piaceski
Christoferson Agência Audiovisual

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

HERÓIS - Terceiro Enredo: 'Vida Psicopata", de Lara Medeiros e Alana Fachinello

Imagem meramente provocativa
Após estudarmos os gêneros literários e a força de um texto artisticamente construído e passarmos pelos três modelos de herói (clássico, moderno e anti-herói), desafiei os meus 95 alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Águia de Pato Branco e de Francisco Beltrão a "criarem suas próprias criaturas".
Cada aluno desenhou o seu herói, física e psicologicamente, de modo que concretizasse um personagem complexo. A pedida era de indicar um enredo.
O próximo passo foi convidá-los a se organizarem em duplas para fazerem o "confronto de heróis", na atividade que chamei de "Terceiro Enredo". O resultado foi meticulosidade multiplicado. Todos nós ficamos muito satisfeitos e encantados com os personagens criados por esses jovens, na faixa dos 14 e 15 anos.
Como professora (e jornalista), me senti extremamente realizada em, a partir de ensinar a técnica, ter tão bons resultados ao fomentar tamanha imaginação e fruição literária dessas jovens mentes.
Ao ler seus escritos você verá influências de romance, suspense, drama, terror, ficção científica, ambientados ora em medievalismo, ora em contemporaneidade. Todas essas atividades foram desenvolvidas nas aulas de produção textual, durante o 3º bimestre escolar de 2013. Optei por escolher imagens de paisagens para ilustrar e provocar, conforme o clima do conto. 
Mergulhe e distraia-se! São boas doses de literatura.


Gênero:  DRAMA
Enredo 1
Ele era um garoto normal que figura-se como anti-herói.

Marcelo, o Magrelo
Magrelo, do tipo nerd, loiro e cheio de sardinhas pelo rosto. Essa era a primeira impressão que se tinha de Marcelo, um garoto normal que estudava no 2º ano do ensino médio.
Tímido desajeitado, com pouquíssimos amigos, usava óculos fundo de garrafa, era tão feio que chegava a dar dó. Apesar disso, Marcelo tinha um coração enorme, era gentil, educado, simpático. Resumindo, homem pra casar.
Ele era especial, podia falar com os animais e protegia a natureza dos homens más. De noite quando já estavam todos dormindo, colocava a sua capa feita de folhas de árvores e saía sem rumo mas com um único objetivo: ajudar os necessitados.
Com o tempo, cansou de ser humilhado no colégio e da noite pro dia se transformou. Mudou o visual, mudou de personalidade. Não tinha que enfrentar os “fodões”, pois ele era um. Humilhava os outros sem dó nem piedade, estava se vingando, mas no fundo ainda era a mesma pessoa.
Autora: Lara Medeiros

Enredo 2
Ela passa por uma mudança muito brusca de postura.

Quando amor e ódio se Confundem
Uma mulher com beleza natural, corpo cheio de curvas, olhos azuis, cabelos ruivos, longos e ondulados, moça de pele branca. Aparentemente séria, muito inteligente e que não gostava de se expor. Seu nome era Valentina.
Porém, tudo isso é apenas aparência, pois quando se revela é uma mulher má, que usa e abusa de suas belas curvas para atrair suas vítimas.
Valentina tem em mente a extinção dos homens, pois quando pequena foi violentada sexualmente por seu padrasto, o que fez com que a raiva dos homens a consumisse, tendo prazer a cada vez que via o sangue de um deles escorrendo por suas mãos.
Com a mente totalmente perturbada era uma verdadeira psicopata, onde qualquer coisa ou alguém que fosse um obstáculo em seu caminho era facilmente exterminado,sem dó nem piedade.
Porém como mulher,tinha a necessidade de uma vida sexual ativa, até que por um descuido engravidou de uma de suas vítimas, e para sua surpresa nasceu um menino. O primeiro impulso foi matá-lo, mas o coração de mãe falou mais alto. Desde então, decidiu ter uma vida normal, se deu conta que todas as suas mágoas precisavam ficar no passado. Agora com um filho era necessário constituir uma família, onde o seu filho pudesse ter suporte, e não passasse pelos mesmos sofrimentos que ela na infância.
Foi assim por anos e anos, tentando sustentar a idééia de que o amor poderia superar tudo, todas as suas feridas, porém nunca se sabe até que ponto vai esse amor.
Autora: Alana Fachinello


TERCEIRO ENREDO: "Vida Psicopata"
Autoras: Lara Medeiros e Alana Fachinello

Alunas do 1º ano do Colégio Águia de Francisco Beltrão

Valentina ainda tentando sustentar a idéia de que o amor pode superar tudo tenta desenvolver o papel de uma verdadeira mãe. Certo dia ao levar seu filho no parquinho do centro da cidade, conhece Marcelo de uma maneira extremamente desagradável, pois este estava dando em cima de uma garotinha, a qual pretendia estuprá-la.
Valentina observando aquela situação lembra do fato ocorrido em seu passado, quando foi estuprada por seu padrasto. Então decide conversar com Marcelo e tentar mudar o seu jeito de pensar, explicando-o o quão mal ele poderia causar aquela criança.
Valentina conta toda sua história para o rapaz, porém ele continua resistindo e não muda de idéia. Até que por tanta insistência ele acaba concordando em deixar a pequena menina em paz. Valentina pegou seu filho e com sentimento de missão cumprida vai embora.
No outro dia, Valentina foi surpreendida com uma notícia no jornal, a qual dizia que uma jovem menina fora atraída por u homem com boa aparência até o seu carro, onde foi abusada sexualmente.
Valentina indignada com a notícia vai ao encontro de Marcelo.
Ao encontrar Marcelo, Valentina age com agressividade, mas ele encantado com a sua beleza rouba um beijo dela. Valentina se deixa levar pelo beijo e acaba rolando algo a mais. Se sentindo envergonhada pelo o que deixou acontecer volta desesperadamente para casa.
Com o tempo sente que está havendo algumas mudanças em seu corpo, então faz o teste e confirma sua suspeita, estava grávida novamente.
Marcelo vai levando sua vida com normalidade, assediando garotas mais novas no colégio onde estudava. Para poder abusá-las de todas as formas ele as drogava, e elas por lembrarem apenas de serem seduzidas por tal, acabam gostando, justamente por ser u garoto popular.
Valentina sem ter outra opção, vai até Marcelo e conta que estava grávida.
Após uma longa conversa decidem se juntar e dar as crianças uma vida digna com uma família de verdade.
Passando alguns meses nasce Alice, uma menininha com beleza sem igual.
Com o passar do tempo a beleza de Alice só aumenta, e Marcelo não resiste e acaba estuprando sua própria filha.
Valentina percebe as marcas no corpo da menina, se deixa levar pelo ódio, vai até Marcelo, o seduz e quando vão para a cama puxa uma faca, cortando os órgãos genitais e deixando-o morrer sem o que mais lhe fazia “feliz” e lhe proporcionava prazer.


Comentário da prof: O enredo de vocês está requintado. Requintes de crueldade. Como disse, seus personagens continham características que foram muito bem aproveitadas por vocês duas. Extraíram o que havia de melhor em ambos. Parabéns!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DIARINHO: Jornal infantil Cultural (ED 146, de 29 de setembro a 12 de outubro)

Editorial
Passar horas brincando ou as horas passam brincando?

Se fosse uma charadinha a resposta seria: a infância ou “ser criança”. É divertido brincar com as palavras, mas a ideia é séria: o tempo em que somos crianças é um momento único para nos preparamos em todas as áreas, para quando formos adultos sabermos como agir. Por isso brincar é tão importante. Brincando a gente “experimenta” diversas sensações e, se não gostarmos ou se não der certo, basta voltar para o universo real, sem “faz de contas” que fica tudo bem. Basta desistir da brincadeira e pronto.
Cedo as crianças notam que os adultos têm diversas funções e estilos que os diferem, mas mesmo as crianças têm uma vida bem diferente uma da outra. Se é certo que brincar faz parte do desenvolvimento da criança, pois estimula suas habilidades, ajuda na elaboração de fantasias e facilita as interações em grupo e a fazer amizades, infelizmente nem toda criança têm uma infância só de felicidade e brincadeiras.
Adoram brinquedos e gostaria de ter muitos. Mas nem todos podem. Fica a dica para dar uma olhadinha na sua caixa e separar algo que possa doar. E aproveite a data para dar uma geral no seu quarto também, seja responsável.
Aqui no Diarinho a nossa defesa é que o colorido, o curioso e as possibilidades de passar horas brincando devem encher a infância de vocês, por isso procuramos fazer sempre esse jornal infantil colorido e caprichado de informações curiosas para vocês se divertirem.