domingo, 28 de setembro de 2014

Professores do Curso Positivo temperam semana de preparação ao Enem do Grupo Mater Dei

Concentração para o momento que considerei um dos pontos altos: Dotado de voz marcante, o professor Cordeiro reproduziu Asa Branca e a 9ª Sinfonia de Beethoven tocando em copos e trouxe paródias de melodias brasileiras


Com dolmãs brancos de cozinheiros e violão à tiracolo, eles temperaram o palco com as propriedades da água, o sequestro de carbono, a chuva ácida, o conversor catalítico, as ondas e micro-ondas, os tubos sonoros e tantas outras porções que vão se colhendo sem escolha na vida escolar. Por isso, a missão deles é provar que Física e Química estão bem misturadas no cotidiano e enxergá-las, aguça o paladar para escolher sim, estudar. Ambos com 32 anos de experiência em sala de aula, os professores João Pedro Alvarez Mateos (farmacêutico e bioquímico pela USP) e Luís Fernando Cordeiro (Física pela UEM e Mestre em Educação pela UFPR) já dão show de aula no Curso Positivo durante o ano todo e estiveram, na noite desta sexta-feira (26), realizando o fechamento de "Uma proposta de Preparação ao Enem - A um passo do Ensino Superior" do Grupo Mater Dei, iniciada dia 22, no auditório da Faculdade, com professores do Colégio Mater Dei. 
Recebendo o respaldo do Núcleo Regional de Educação de Pato Branco (NRE), o Teatro Municipal Naura Rigon ficou lotado de alunos do terceiro ano das escolas públicas de Pato Branco, Coronel Vivida e São Lourenço do Oeste (SC), que prestigiaram o projeto "Saberes à mesa - uma receita de aprovação”. “Assim, já viajamos quase todos os Estados brasileiros. Fizemos em 2009 uma apresentação no Ibirapuera para 4 mil alunos. Em 2014, este está sendo nosso único evento, em função do adiantamento da prova da UFPR de 17 para 3 de novembro, entre outros concursos que nos exigiram ficar mais em sala de aula”, contaram Cordeiro e Mateos. Eles vêm os alunos do interior com mais vontade de aprender que os da Capital, onde em contrapartida, o aluno aprende mais cedo que a concorrência é grande.

Boa aprovação em universidades
O segredo é estudar sempre, enfatiza o professor Mateos, já que essas provas não cobram um ou dois meses de estudo, mas uma vida escolar inteira. "Os alunos muito novinhos lá com 14 anos, no primeiro ano do Médio, não têm essa maturidade de que tem que estudar. Como que você vai chegar para um menino de 15 anos e dizer: você tem que estudar para ser um grande homem na vida! Os interesses dele, naquele momento, são outros. E as coisas acontecem muito cedo, pois com 17 já vai enfrentar uma maratona dessas. Muitos dizem: quando eu chegar no terceirão ou no cursinho, eu estudo. Mas nem sempre um ano só resolve a vida para entrar numa boa instituição".
Para o professor Mateos, cada vestibular tem uma especificidade e enxerga que no Enem, os conteúdos abordados são de menos importância na história, pois lá o foco são as habilidades e competências. "Numa universidade federal, por exemplo, a primeira fase é muito bem dividida entre todos os conteúdos, mas a segunda é uma prova específica de Química para quem vai fazer Medicina, por exemplo. Essa prova é muito pesada com conteúdos de físico-química que é o que ele mais vai precisar dentro da universidade. Se a gente pensar na Fuvest da USP, é um exame que cai de tudo, não tem um conteúdo a mais. Mas quando você pensa nos outros exames que são gerais, como as primeiras fases e o Enem, os exames normalmente costumam ter uma divisão equitativa da matéria”, apontou.
Dotado de voz marcante, o professor Cordeiro reproduziu Asa Branca e a 9ª Sinfonia de Beethoven tocando em copos e trouxe paródias de melodias brasileiras. “É um projeto simpático. A gente tenta transmitir os conhecimentos de Física e de Química de uma forma um pouco mais amena, com pequenas experiências e a participação do aluno de uma forma que é possível ver que ciência não é uma coisa chata que pertença só ao mundo dos livros ou dos vestibulares, mas está ligada ao nosso cotidiano. Tem física na cozinha, na sala, na rua, em qualquer lugar tem física e tem química”. Cordeiro provoca: por que as ondas do forno de micro-ondas cozinham o alimento que está lá dentro, mas não cozinham as pessoas ao redor do micro-ondas? "Esse é um momento da aula em que damos uma explicação física e ele vê que em casa tem uma porção de conceitos de física naquele aparelho que muitas vezes a gente olha apenas como um instrumento para aquecer alimento, no entanto ali tem muita física e uma história por trás".
A Física em geral é o bicho-papão dos vestibulares, detendo as menores médias. "Ela é uma pedra no sapato do aluno que não se dedicou muito ou que não aprecia essa área por alguma razão. Mas tudo aquilo que o aluno souber, contribui para a sua aprovação e quanto mais estudar, não só Física e Química, mas todas as matérias, as chances dele aumentam. Em especial, o aluno tem que despertar o interesse pelo estudo e isso pode ocorrer a partir do momento que olhar para o cotidiano e perceber que aquilo que ele estuda na escola não está desvinculado da vida. Talvez você nunca use, mas certamente tudo que você estuda na escola está na sua vida”, garantiu Cordeiro.
Que o digam os alunos chamados ao palco para participar das experiências: Luís Fernando da Silva da Escola Cristo Rei; Naiara Guerra, Lucas Caldart, Guilherme Louzano, Erick Lima Southier e Marlon Guimarães do Colégio Mater Dei e o casal Alisson Oliveira e Helena Daneluz, da Sóror Angélica (Slo).

Relevância social
Por seu alcance e benefício social, o projeto do Grupo Mater Dei recebe total apoio do NRE e a coordenadora Ana Seres Trento Comin, acompanhou a aula entusiasmada. "Essa parceria já estava estabelecida com o Núcleo antes mesmo de eu assumir em 2011 e, durante esses quatro anos, de forma consecutiva realizamos. Sou muito grata a essa parceria com Mater Dei, ela foi precursora das outras parcerias que estabelecemos com outras instituições. Nossos alunos, diretores e professores têm elogiado muito essa participação. Só posso dizer que precisamos e queremos continuar”, salientou. Após a iniciativa pioneira Mater Dei, ela comenta que no ano passado outras instituições de ensino superior procuraram o NRE e menciona que "a própria secretaria de Estado tem uma proposta de forma on line e com educação à distância, mas aqui em Pato Branco nossos alunos preferem esse trabalho com a Faculdade Mater Dei. A cada ano o projeto se supera mais e nós percebemos não só a aceitação, mas também o resultado final”, ponderou. 
A diretora do Grupo Mater Dei, Ivone Maria Pretto Guerra afirma ser o quinto ano buscando diferenciais. "Sempre houve essa inovação e isto de fato aconteceu neste ano trazendo o Grupo Positivo. Vemos esse crescimento e com apoio imparcial de todos os diretores, de todas as escolas e colégios, principalmente a participação e a motivação dos alunos é uma coisa impressionante”, comemorou.
O que fica é, de fato, um passo ao ensino superior, com a própria instituição avançando junto com a comunidade. "A história do Mater Dei se confunde muito com todas as atividades que a gente tem feito. Desde o início, os primeiros cursos são aqueles pedidos e exigidos pela comunidade. A gente sente esse apoio imenso e penso que o maior legado que estamos deixando é devolver à comunidade e região todo esse apoio de todos esses anos, não só dos 15 da faculdade como os do colégio também, de uma maneira que compense aquilo que a gente tem recebido”, concluiu Ivone Guerra.

Texto: Daiana Pasquim (DRT/PR 5613)/ AC Grupo Mater Dei
Fotos: Lucas Piaceski
Assessoria de Comunicação
Agência PQPK


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

DIARINHO (ED 155 - setembro de 2014): Os números são personagens


Dos 12 meses do ano, "noves" fora, pois setembro chegou. Esta edição “conta” a vida. Foi assim que aprendemos sobre Leitura da Linguagem Matemática, com o professor, mestre e doutorando em Ciência Matemática, André Pereira Pedroso. Devemos ensinar as crianças a “ler a conta” e não olhar apenas para a operação: “além de ser uma conta, são infinitas histórias da vida humana, felizes ou tristes. Na matemática, não é importante só resolver a conta, mas entender em que situação este raciocínio se relaciona”, ensinou. Aproveite as fases, pois mais um personagem está chegando: o Terceiro Bimestre!


Editorial
Vamos calcular e contar a vida

Entramos em setembro! O mês da Semana da Pátria, da Semana Nacional do Trânsito, do início da estação da Primavera, talvez do seu aniversário. Viramos as folhas do calendário, contamos nove meses no ano e a aproximação do terceiro bimestre na escola. Viu como tudo em nossa vida é contar? São muitas histórias que tecemos tendo os números como personagens. 
Aprendemos isso após a incrível abordagem em Matemática que tivemos no último encontro do Diarinho. Contamos tudo para vocês na página 3, dando detalhes da palestra do professor, mestre em Ensino da Ciência Matemática pela UFSC e doutorando em Ciência Matemática pela Unicamp, André Pereira Pedroso. A forma como ele abordou a matemática tudo se descomplicou, pois os editores entenderam que uma conta são infinitas histórias da vida humana. Essas histórias podem ser felizes ou tristes e fazem com que a gente aprenda a raciocinar. Os números estão à nossa volta para tudo que vivemos. Desde os primórdios, essa evolução foi acontecendo de forma natural, primeiro usando pedras para contar as cabeças de animais, e só depois evoluindo para algarismos que representassem quantidades, como os números indo-arábicos que conhecemos e usamos para tudo. É essa matemática da ideia de linguagem como forma de falar e se comunicar que permaneceu após a palestra de agosto.
Note como a vida é repleta de curiosidades! Temos 12 meses no ano, 30 dias no mês, dez dedos nas mãos e mais dez nos pés. Essas unidades ajudam muito a fazer contas, mas aprendemos com o professor André Pedroso que o sistema de numeração base dez (10) não é o único possível. Os Maias contavam com os dedos das mãos e dos pés, por isto tinham base 20, e os esquimós, usam a base 5 porque uma das mãos está sempre sendo aquecida dentro das roupas de pele necessárias no Círculo Polar Ártico, enquanto se usa a outra.
Um pouco sobre patriotismo e a história do Brasil, que tem eleições no próximo mês, está na página 5, inclusive as crianças lembraram do Dia do Soldado, no final de agosto. E tem página de Trânsito com dicas espertas para você ir se formando um bom motorista desde já, na contracapa desta edição. Boa leitura!











Edição de textos: Daiana Pasquim
Edição de Arte: Lucas Piaceski
Agência PQPK