domingo, 26 de janeiro de 2014

Christoferson Agência apoia projeto de cinema aliado à senso crítico


Cinema é uma de nossas paixões e como sócios da Christoferson Agência Audiovisual, Lucas Piaceski e eu estamos engajados no projeto Mater Cine, que consiste em aliar cinema a debates de senso crítico, para obras que permitam lançar um olhar artístico, sociológico, filosófico, ético, educacional, e tantos recortes que fazem a vida valer a pena. 
Os conhecimentos cineastas de Lucas como arte-finalista, editor de imagens, músico e compositor e os meus como jornalista e professora com formação em Literaturas em Língua Portuguesa entrarão em ação na hora de preparar os thrillers e a ficha técnica dos longa-metragem em cada módulo. 
Apoiamos o projeto por incentivar a cultura e a arte. Sempre acreditamos que o direito autoral deva ser não só preservado, como divulgado, por isso, a direção de cada filme, elenco e enredo, estarão em foco nas nossas divulgações. É preciso contribuir para que a sociedade possa apurar o olhar para o cinema. Nós que produzimos audiovisuais sabemos reconhecer o valor de uma boa direção de fotografia e direção de arte. Por isso, estamos juntos com a Faculdade Mater Dei nesta, não só por serem nossos clientes de Assessoria de Comunicação na agência, mas porque acreditamos nesta causa!
Leia o texto que produzi sobre o projeto e já enviei para a imprensa e conheça em detalhes essa ideia:

Mater Dei inicia ano acadêmico lançando projeto de cinema aberto à comunidade

Mater Cine é o seu nome, e a primeira sessão já tem seus quatro filmes selecionados, com abordagens bem distintas: “A Onda” (2008), filme alemão dirigido por Dennis Gansel e estrelado por Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich e Max Riemelt - inspirado no livro homônimo de 1981 do autor americano Todd Strasser e no experimento social da Terceira Onda; “Justiça para Todos”, dirigido por Norman Jewison, com Al Pacino vivendo o advogado idealista Arthur Kirkland, que já teve vários desentendimentos (inclusive já foi preso por desacato) com Fleming (John Forsythe), um inflexível juiz, o qual é preso e pede para ser defendido pelo próprio advogado rival; “Kevorkian”, dirigido por Barry Levinson, igualmente com Al Pacino, desta vez vivendo o médico estadunidense Jack Kevorkian, que ficou mundialmente conhecido como dr. Morte ao ajudar pacientes de câncer terminal a cometerem suicídio; “A Corrente do Bem”, dirigido por Mimi Leder, com Kevin Spacey e Helen Hunt, onde um professor desafia seus alunos a ter uma ideia para melhorar o mundo e colocá-la em prática.
Isto mesmo, quatro filmes exibidos durante um semestre acadêmico, seguidos de muito debate. Essa é a proposta do projeto que nasceu dentro do curso de Direito da Faculdade Mater Dei, trabalhada internamente no ano de 2013, quando se estendeu para todos os cursos da faculdade, bem como para a comunidade. As exibições vão acontecer no Auditório Algemiro Pretto e a data exata do primeiro módulo será divulgada em breve, tão logo o reinício das aulas, no próximo dia 3 de fevereiro.

Concepção e temas
Chegar a estes quatro primeiros longas gerou muito senso crítico. Os idealizadores, professores Valmir Chiochetta Junior, coordenador do curso de Direito, Cléber Rigailo e Liriane Camargo, fizeram, cada um, uma lista com 50 indicações. O segundo passo foi fazer a comparação das três listas. Posteriormente, essa lista foi reduzida de 150 para 40 filmes, para que se pudesse trabalhar quatro filmes em cada período.
“Esse projeto é um sonho antigo, de quem ama o Direito e o Cinema. (...) Após conversa com os demais coordenadores do projeto (Cléber e Liriane), revisamos a lista dos filmes, adaptando-a a uma visão mais generalista, que englobasse assuntos de diversas ordens, buscando assim contemplar o maior número possível de temas para serem abordados pelo Mater Cine. Aliás, fizemos um trabalho que permitisse não só a participação dos demais cursos, envolvendo assim toda a Faculdade, mas também permitindo que a comunidade em geral pudesse participar, haja vista que os temas são de interesse geral, com algumas abordagens jurídicas e outras de cunho artístico, educacional, filosófico, sociológico, etc”, pontuou o coordenador do curso de Direito.

Continuidade
Ao longo do ano, serão dez módulos de 4 sessões por módulo, com cinco horas de certificação para cada sessão. No entanto, não será tratada como disciplina curricular, mas sim como atividade de extensão, permitindo a participação da comunidade em geral.
“Permitir a participação da comunidade não só garante o acesso à cultura, pelo cinema, mas provocará nos participantes o incentivo às discussões envolvendo os temas abordados, o aprofundamento de determinadas áreas do conhecimento e o senso crítico sob determinada ótica abordada nos debates que se farão após as sessões. O ganho é imensurável, não só pelo acesso a sessões de cinema, que não temos essa possibilidade em Pato Branco, mas também por debater os assuntos abordados nos filmes”, confia Chiochetta.
Com o apoio da Assessoria de Comunicação do Mater Dei, Christoferson Agência - que produzirá audiovisuais com trechos dos trailers e ficha técnica das obras-, cada sessão se apresentará da seguinte forma: pelo menos um dos coordenadores do projeto fará a apresentação do filme, seguida da exibição do longa metragem, com um breve intervalo de 10 minutos. Após a sessão, será aberta a mesa de discussão, com a participação dos coordenadores do projeto e, eventualmente, algum professor convidado, especialista na área que está sendo discutida no filme, contando com a participação de todos os presentes, que poderão fazer uso da palavra, debatendo todos os aspectos abordados na película.
Pela estrutura acadêmica, crítica e certificação, haverá um custo bem acessível por sessão, barateada ainda mais ao adquirir os ingressos para o módulo completo. “Confiamos no projeto, na forma como ele foi concebido, e esperamos que os acadêmicos da Faculdade e da comunidade em geral abracem essa ideia, pois todos ganham”, finalizou Valmir Chiochetta Junior.

Daiana Pasquim (DRT/PR 5613)/ AC Faculdade Mater Dei
Arte e logotipo: Lucas Piaceski
Assessoria de Comunicação

Christoferson Agência Audiovisual

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

As bruxas me atraíram na Ilha da Magia

Pequeninas poções mirabolantes que estão incitando meu âmago deram forças para a ressurreição deste texto. Sempre fui apaixonada por bruxas e tudo que as envolve. Escrevi este conto memorial, originalmente, para a editoria Viaje com o Diarinho e ele foi publicado na edição 148 deste jornal infantil, de 27 de outubro a 9 de novembro de 2013. 

Encontrei-a na porta de um restaurante português
Chapéus grandes e pretos, rosto enrugado com verrugas, roupa escura e medonha. Risada de deboche e mãos que mais parecem garras. Elas são capazes de despertar em nós as mais estranhas curiosidades. Bruxas. Em janeiro de 2013, fiz com meus Lucas (marido e filho) um final de semana de turismo por Florianópolis, a capital de Santa Catarina, quando tive a oportunidade de tirar foto ao lado de uma bruxa muito alta e assustadora. Sim, veja na foto como ela tinha o chapéu amassado e até sorria, mas sua expressão revelava que talvez tivesse a intenção de me devorar. Olhe para meus olhos arregalados, acha que tive medo?
Fizemos o passeio a convite da minha professora de Literatura e doutora em Teopoética, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Salma Ferraz, que é escritora também e muito entendida sobre bruxas. Ela nos convidou para, no outro dia, ir conhecer a ilha dos açorianos, onde as lendas sobre as bruxas eram ainda mais fortes em Florianópolis, que também é conhecida como “a ilha da magia”. O mito da bruxa é tão antigo como a atual Santa Catarina. Acredita-se que as bruxas vieram para Florianópolis na época da colonização açoriana, de navio, quando estas, junto de escravos negros e pessoas doentes, eram banidas da Europa. Também se acreditava que a sétima filha mulher de um casal, seria bruxa, a menos que fosse batizada pela irmã mais velha.
No imaginário das crianças, a ideia das bruxas ganhou popularização com o Halloween, festa típica dos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Vemos casas velhas, abóboras e bruxas, como estas que escolhemos para ilustrar esta página. Os antigos contam que a bruxa era má. Suas vítimas eram sempre crianças (pense que assustador), animais pequenos e lavouras em crescimento. É o que dizem os moradores mais antigos na ilha.
Pagamos a passagem e entramos no barco para a viagem que durou cerca de meia hora em alto mar até atravessarmos da Barra da Lagoa da Conceição até a ilha dos açorianos. Chegando lá começamos a caminhar por entre as casinhas que tinham muitas ervas nos quintais. Conclui que as bruxas de lá eram iguais a essas que vemos nos desenhos, por conhecerem muito sobre as plantas e os seus efeitos no organismo. Meus olhos eram atentos para todos os lados para ver se encontraria alguma mulher assustadora saindo de trás daquelas casinhas. Quando erguíamos o olhar víamos muito mar e várias outras ilhas, que provavelmente, estariam cheias de outras bruxas. Depois de seguir trilhas, subir morros e andar por entre os lares e igrejinhas, paramos no deck de um restaurante à beira-mar para almoçar. Nenhuma bruxa apareceu.
Segundo os moradores da ilha, deve-se fazer a oração Pai-Nosso e Ave-Maria toda sexta-feira às 18h, e andar sempre com alho no bolso, para proteção, pois a bruxa de hoje não tem qualquer aparência especial. É uma mulher comum, que pode ser até uma moça bonita, não voa em vassoura e não tem chapéu pontudo. Segundo Franklin Cascaes (grande pesquisador das lendas de Santa Catarina) estas bruxas atuais são mais perigosas... que sorte eu tive ao tirar a foto ao lado de uma estátua.

Halloween

A Data de 31 de Outubro é mundialmente conhecida como "O dia das Bruxas ou Halloween" (nome original na língua inglesa). É um evento tradicional e cultural com origem nas celebrações dos antigos povos. A palavra tem origem na Igreja católica, da tradição contraída do dia 1 de novembro, o Dia de Todos os Santos. Os estudiosos dizem que é uma versão encurtada de "All Hallows' Even"(Noite de Todos os Santos), a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows' Day). "Hallow" é uma palavra do inglês antigo para "pessoa santa" e o dia de todas as "pessoas santas" é apenas um outro nome para Dia de Todos os Santos. No século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo Céltico. Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia). Com o tempo, as pessoas passaram a se referir à Noite de Todos os Santos, "All Hallows' Even", como "Hallowe'en", e mais tarde simplesmente "Halloween". O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Lá, celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en. (Além da imaginação)

Importante: A foto é real e os desenhos da página Diarinho são ilustrações criadas pelos alunos Roselaine Camargo, Diana Marçal, Rauany V. F., Kamilli G. de Quadros e Vanessa Tabaka

Crítica literária: “Ela disse, ele disse”, de Thalita Rebouças

Cinco horas do domingo ensolarado são necessárias em média para se apoderar de tudo que “Ela disse, ele disse”, a história dos adolescentes Rosa e Leo, narradores-personagens criados pela brasileira Thalita Rebouças. Eles se intercalam dando suas opiniões sobre as mesmas cenas, no livro sem capítulos, mas alguma trama típica de quem viveu uma década e quase meia. É uma obra que mergulha no universo adolescente, com excesso de inseguranças, surtos e coisas “fofas”, palavra que ao terminar o livro, move-nos a curiosidade de perpassar as linhas para contar quantas dezenas de vezes apareceu. 
A meu ver, a história peca em descrições: desde o sobrenome de Rosa, a fisionomia dos protagonistas e o espaço em que convivem, algo que me parece tão caro para dar segurança aos adolescentes - observar muito as pessoas e o universo em que vivem. Contudo, “Ela disse, ele disse” promove um total mergulho no âmago dos adolescentes, trazendo à tona as maneiras tão diferentes de vivenciar o mesmo fato. Ele e ela têm visões diferentes, embora ambos sejam filhos de pais separados que também não ganham muita personificação na trama, em especial a mãe da moça. Qual é a sua profissão? 
Se Rosa manda no cenário no começo, depois é Leo que parece tomar as rédeas da narração e são com suas impressões que o livro termina. A mocinha também quase se torna uma coadjuvante perto de todas as investidas de sua rival, Julia, que faz de tudo para promover a expulsão dos dois da escola, por puro ciúme doentio. Mas é uma “fofa” história de amor que ensina muito de relacionamento interpessoal aos adolescentes! Ao terminar a obra sugiro a você, adolescente, responder: Como você se identifica com o que “ela disse, ele disse”? Qual personagem mais se parece com vc? A leitura é altamente recomendável.