domingo, 26 de abril de 2015

Fotografia da foto, no esconderijo secreto de João de Paula

Lucas Piaceski, João de Paula com a ampliação original do garoto de 1965 e Daiana Pasquim
Em tinta azul fraca encontrava-se na velha agenda o número de telefone do fotógrafo mais popular e tradicional de todos os tempos em Pato Branco (PR): João de Paula. Disquei o número após anos desde o último contato e foi o próprio que atendeu do outro lado da linha. Tratava-se de uma segunda-feira, aos vinte e três dias do mês de fevereiro, no ano em que ele completará 80; e marcamos uma visita em sua casa às 14h do dia seguinte. Endereço em punho e com algumas rodadas pelo bairro Fraron, chegamos na Rua Clevelândia, 105. É o refúgio dos De Paula desde o fechamento e venda do estúdio fotográfico no coração da Caramuru, em frente a Prefeitura. Foi lá que conheci seus pertences e histórias de vida pela primeira vez e isso foi há uma década. Escrevi a reportagem perfil de suas fotos premiadas em 2005 e, por meio delas, contextualiza-se a ligação imagética de João de Paula com a história do município. Meio século, em 2015, desbravando minúcias pelas lentes objetivas e grande angulares das cenas mais cotidianas, como a do menino que em 1965 chutava a poça d´água e que tanto queríamos (por ocasião da visita) para ilustrar o trabalho musical que estamos a concluir. Conhecer o seu esconderijo secreto foi a proposta lançada pelo fotógrafo logo de cara. Assim, rodeamos a casa indo aos fundos do quintal... muitas joias a nós revelou, com a tarde eternizada por esta imagem. 


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