Assim
como o amor nos envolve e enlaça todos os pensamentos, as entregas do corpo e
da alma, a obra “Nem sempre amar é tudo”, de Salma Ferraz, nos arrebata para as
75 páginas, lidas deliciosamente em uma ou duas horas, nas quais se perpassa
uma vida assim como a eternidade do amor, que é infinito enquanto dura, já
diria Fernando Pessoa, de quem a autora é muito perita.
A
crítica literária Salma Ferraz tem um dom pessoal e inequívoco para os contos.
Professora universitária que perpassa a mente de muitos jovens, tem construído
uma reputação contista cada vez mais sólida e agora, mexendo com o amor, não há
como não se comover e envolver.
Quantas
vezes ouvimos falar por aí que “amar é tudo”. Salma emenda “nem sempre” e
dispara já na primeira folhada “Quase sempre é nada” frase acompanhada da
figura de um cupido, que para a também professora universitária e crítica
literária amiga da autora, Christina Ramalho, “atinge diretamente o estômago do
romantismo”. Assim desenrolam-se os cinco contos, demarcados por iguais cinco
corações no sumário: “Nem sempre amar é tudo”, “Biscoitos”, “Efeito Melancia =
Mulheres Frutas”, “Ruhe in Frieden!” e “Valsando enquanto a morte não chega”.
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