Como jornalista e professora tenho coletado inúmeros textos e, sempre que o aluno autoriza, publicado ou enviado a jornais. É uma satisfação para educador e educando. Assim, crescemos juntos!
CRÔNICA
Doença no pomar verde amarelo
Cresci
ouvindo meus familiares dizendo que no Brasil nada é como deveria ser. Que a
frase “no futuro” nunca chegava. Inclusive, que a palavra político deveria ter,
no dicionário, o seguinte significado: (subst) 1. Mentiroso; 2. Corrupto;
3.palhaço bozó. Num conto de fada ficaria mais ou menos assim: o político
correto, com muita bravura, recupera os sentimentos ruins do mundo e fecha
novamente na caixa de Pandora.
Os
brasileiros têm o papel das plantas nesse teatro, ou seja, não falar nada,
ficar mudo, só nascer, crescer, dar frutos, murchar até morrer. Era mais ou
menos assim que acontecia. Nesse imenso pomar tem as árvores que dão frutos que
por ventura são colhidos e plantados novamente dariam mais árvores para o pomar.
Um dia todas
as árvores estavam seguindo sua rotina até que de repente uma praga revolucionária
se espalha por todas elas, infecciona cruelmente cada galho, cada folha
verdinha dessas árvores. A peste estraga os negócios, danifica os frutos, fazem
as árvores pensarem. Rapidamente, o fazendeiro tenta conter essa praga, joga
bombas de efeito moral, balas de borrachas, inseticidas à cavalo, mas nada
adianta. A peste continua a se alastrar.
Tentando
acalmar a peste e utilizando-a de maneira para explicar o apodrecimento. O
“fazendeiro” uma análise da situação e por meio de um discurso coloca em tópico
os fatores que contribuíram diretamente para a doença: a pouca venda, a demora
nos serviços, falta de profissionais, entre inúmeras outras desculpas, mas como
era previsto não adiantou. Já contaminada pela terrível praga, as árvores mais
jovens começam a se desprender do solo ganhando um renomado suplemento de
cidadania e vão para as ruas, pois essa é a luta dos frutos das árvores da raça
cara-pintada. Essa é a espécie nativa geração coca-cola.
“A mente que
se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho normal!” (Albert
Einstein)
Gabriela
Fontana, 15
Aluna do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Águia de Francisco Beltrão
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